segunda-feira, 7 de julho de 2008

"O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER!"

É muito fácil descansar em um sofá diante de um mundo de tecnologia e informação, com tantos acontecimentos e fazer de conta que não está vendo nada.
Os esportes em si, praticados por qualquer pessoa trazem uma grande repercussão.
Mas, o que não posso deixar de analisar é a diferença que infelizmente ainda existe em relação ao esporte praticado por deficiente e o não deficiente.

Reconhecemos que todos em uma competição merecem ser lembrados por enfrentarem os obstáculos e principalmente por vencê-los. Vencer não significa chegar em primeiro e conquistar uma medalha de ouro, vencer, significa encarar as dificuldades e competir.

Quando acontecem os jogos onde o BRASIL disputa uma copa do mundo ou se classifica para uma olimpíada, o assunto do momento se torna esse, o mundo pára para falar do esporte, consagrar os atletas, torcer, sorrir, chorar, vibrar.

O mundo pára a qualquer hora do dia ou da noite para acompanhar as competições de seus paízes, o coração acelera, a emoção toma conta de cada criança, jovem, adulto.

Fico indgnada sim, não que eu também não torça pelo meu time e que nunca tenha chorado com cada título que o BRASIL conquistou mas, o destaque que o atleta deficiente tem é muito pequeno diante das barreiras que ele enfrenta no seu dia a dia. Se formos parar para pensar, o deficiente está em constante competição.

Em Pequim acontecerão as olimpíadas e as paraolimpíadas. É aí que vemos que existe a diferença. Todo mundo conhece o Ronaldinho e o chama de fenômeno, ao Pelé chamam de rei. Então pergunto: Alguém se lembra dos nomes dos atletas paraolímpicos e em qual modalidade de esporte eles competiram? Alguém se importa com os horários que eles estarão representando o paíz, algum patrão libera seus funcionários mais cedo para assistir aos jogos dos deficientes? A mídia mostra todas as competições por inteiro como mostram das pessoas consideradas normais?

O atleta deficiente só é lembrado em época de competição mundial. Seu nome é mencionado durante uns dias, depois somem da mídia voltando a ser pessoa comum.

Ao invéz de ficarem divulgando assuntos de vida pessoal de artistas famosos, porquê não param para mostrar as dificuldades sobre a acessibilidade, da inclusão mal elaborada, mal organizada, onde simplesmente jogam o deficiente no meio social mas não dão condições adequadas para que ele tenha liberdade. O próprio sistema nos obriga a sermos dependentes, mas mesmo assim seguimos nossa jornada enfrentando o preconceito, o descaso, a indiferença.

Criam leis para nos protejerem, mas não nos levam a conhecê-las com se deve. A maioria das pessoas quando questionadas em relação a um prédio sem rampas ou elevadores, alegam que as estruturas das construções são muito antigas e para adaptá-las teria que derrubá-las e reconstruir. Mas existem deficientes desde antes de CRISTO e ainda hoje querem fazer de conta que não estamos aqui.

Penso que a expressão deficiente está destinada às pessoas erradas.

Eis aqui uma historinha para confirmar essa minha conclusão.

"Um homem andava em uma rua movimentada no centro de París, quando de repente pisou no pé de de outro cidadão. Este, sem ao menos olhar para o homem, deu-lhe uma forte bofetada.
O homem humildemente disse: Eu sinto muito por eu ter pisado no seu pé, mas o senhor sentirá muito mais quando souber que EU SOU CEGO". E então, agora me respondam: Quem é o deficiente dessa história?


1 comentários:

Anônimo disse...

no meu caso, sou paraplegico a uns 13 anos. depois q sofri um acidente automobilistico, q passei a viver as msm dificudades e situações questionadas pelos defi. q antes eu respeitava , agora respeito + ainda.........´´e preciso seguir, respeitar e ter temor a Deus..........